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Palácio Lauro Sodré

18 JAN às 17:30h

Local: Praça Dom Pedro II, s/n - Cidade Velha, Belém - PA

Atenção Belém!

AULA MAGNA 

com Carolina Faria - Mezzo Soprano

Clique aqui para se inscrever até 15/01.

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Carolina Faria

Mezzo soprano

Ana Maria Adade

Piano

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palestrante

Aldrin Moura de Figueiredo

historiador

Coral Infanto-Juvenil Vale Música

participação especial

Carolina Faria

mezzo-soprano

Natural de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, Carolina Faria tem uma carreira de 22 anos de serviço à arte, cultura, educação para a autonomia e florescimento do povo no Brasil. 

 

Graduada em canto pela UFRJ, cursou pós-graduação em Psicologia Positiva, Ciência do Bem-Estar e Auto-Realização pela PUC do Rio Grande do Sul e vem atuando como cantora lírica, comunicadora e professora de canto em seu próprio estúdio. Ao longo de 2022 foi coordenadora da Etapa Pedagógica do Festival de Ópera do Theatro da Paz de Belém do Pará.

 

Líder do ensemble barroco Cibele Camerata, Carolina foi idealizadora e coordenadora do programa de auxílio a cantores durante a pandemia de Covid-19, Lírica Solidária, e coordenadora do departamento de canto na semana online do Centro de Música Barroca de Versalhes no Rio de Janeiro em 2020. 

 

Como cantora lírica, Carolina iniciou sua vida artística profissional aos 19 anos no coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro - onde passou dez anos, e segue atuando regularmente como cantora solista junto às orquestras, salas de concerto e casas de ópera brasileiras. Possui vasto repertório de ópera, oratório, canção sinfônica, música de câmera e vanguarda, com especial ênfase à Música Brasileira Colonial e participação em gravações históricas.

Ana Maria Adade

piano

Ana Maria Adade pianista paraense, trabalha como co-repetidora desde a primeira edição do Festival de Ópera do Theatro da Paz, dos quais destacam-se títulos como Machbeth, Il Guarani, Otelo, Pescador de Pérolas, Soror Angelica, Lá Boheme, Don Giovanni, O Telephone e As Bodas de Fígaro. Pianista da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz desde 2006, também participou da gravação de vários discos do Selo Uirapuru da Secult/PA e do Curso de Formação em Ópera I, II e III para Cantores realizado pela Secult-Theatro da Paz. Além de seu trabalho como pianista, Ana Maria Adade foi diretora do Instituto Estadual Carlos Gomes e coordenadora de grupos artísticos e de extensão e pesquisa da Fundação Carlos Gomes.

Professor Aldrin Figueiredo

palestrante - historiador

Aldrin Moura de Figueiredo é historiador com doutorado pela UNICAMP. Foi diretor do Centro de Memória da Amazônia da UFPA (2013-2017), é membro do Conselho Editorial do Senado Federal e pesquisador vinculado à Cátedra João Lúcio de Azevedo (Instituto Camões e UFPA). Atualmente é o diretor do Museu do Instituto Histórico e Geográfico do Pará e coordena o Grupo de Pesquisa em História Social da Arte (UFPA/CNPq), atuando como professor e pesquisador da Faculdade de História o Programa de Pós-Graduação em História Social da Amazônia da Universidade Federal do Pará. Publicou entre outros, A cidade dos Encantados: pajelanças, feitiçarias e religiões afro-brasileiras na Amazônia, 1870-1950 (Prêmio Carlos Nascimento, APL, Edufpa, 2009) e Os vândalos do Apocalipse: arte e literatura no Pará dos anos 20 (Prêmio Vicente Salles, IAP, 2012).

Coro Infanto-Juvenil Vale Música

Integrando o VALE MÚSICA-Belém, o Coral Infanto-Juvenil VALE MÚSICA, formado por 168 alunos, de idade entre 07 e 13 anos, é regido pela Profª ELIANE FONSECA.  Com repertório eclético, tem se apresentado em grandes eventos locais, com destaque para as apresentações no Círio de Nazaré; na Cerimônia dos 100 anos da Imigração Japonesa ao Brasil; na Abertura do Congresso da Magistratura da Infância e Adolescência; na posse da nova Diretoria da OAB-PA; em festividades natalinas diversas; na Feira da Indústria, entre outros. Com a Orquestra Sinfônica do Teatro da Paz, apresentou-se no evento comemorativo aos 100 anos de nascimento do Maestro W. Henrique e no Auto de Natal-2007. Nas edições de 2008 e 2011, participou do II Festival Internacional de Ópera da Amazônia. O Coral VALE MÚSICA integra o elenco da Ópera Infanto-Juvenil “O Viajante das Lendas Amazônicas”, apresentada em diversas Capitais do nosso País.

programa
Programa

CÉSAR GUERRA-PEIXE (1914-1993)

Mãe d'Água

COMPOSIÇÃO: 1969

DURAÇÃO: 4 minutos

 

ALESSANDRO SCARLATTI​​ (1660 -1725)

Da ópera "La donna ancora è fedele" 

Ária "Son tutta duolo"

COMPOSIÇÃO: 1698

DURAÇÃO:  3 minutos

 

CHRISTOPH WILLIBALD  GLUCK (1714 -1787)

Da ópera "Alceste"

Ária  "Divinités du Styx"

COMPOSIÇÃO: 1767

DURAÇÃO: 4 minutos e 30 segundos

 

GIOACHINO ROSSINI (1792-1868)

Da ópera "Tancredi"

Recitativo "Ó pátria" e Ária "Di tanti palpiti"

COMPOSIÇÃO: 1813

DURAÇÃO: 8 minutos

 

JOSÉ MAURICIO NUNES GARCIA (1767 -1830)

Beijo a mão que me condena

COMPOSIÇÃO: s/d (ca 1808-15)

DURAÇÃO: 3 minutos

 

WALDEMAR HENRIQUE (1905-1995)

Da série Lendas Amazônicas

Matinta Pereira

COMPOSIÇÃO: 1933

DURAÇÃO: 2 minutos

 

HENRIQUE GURJÃO (1834-1885)

Uma lembrança

COMPOSIÇÃO: - s/d 

DURAÇÃO: 2 minutos

 

MENELEU CAMPOS (1872-1927)

Un sogno

COMPOSIÇÃO: 1902

DURAÇÃO: 3 minutos

 

ANTONIO CARLOS GOMES (1836-1896)

"Noces d'argent"

COMPOSIÇÃO: 1892

DURAÇÃO: 3 minutos

 

WALDEMAR HENRIQUE (1905-1995)

Valsinha do Marajó

COMPOSIÇÃO: 1946

DURAÇÃO: 4 minutos

 

HEITOR VILLA-LOBOS (1887-1959)

Canção de Cristal

COMPOSIÇÃO: 1950

DURAÇÃO: 4 minutos

 

EDINO KRIEGER (1928-2022)

El Negro Mar 

COMPOSIÇÃO: 1953

DURAÇÃO: 5 minutos

 

FRANCISCO MIGNONE

Dona Janaina

COMPOSIÇÃO: 1938

DURAÇÃO: 2 minutos

 

BIS:

ANTONIO CARLOS JOBIM

'Canta, canta mais'

COMPOSIÇÃO: 1997

DURAÇÃO: 4 minutos

ABERTURA

Antes do início ao concerto haverá a participação especial do Coral Infanto-Juvenil Vale Música.

Fotos
nota de programa
Nota de Programa

Na região onde o grande rio morre na imensidão do mar existia uma residência feita de taipa-de-pilão construída para abrigar seus governadores e capitães.  Uma edificação simples de terra com dois pavimentos que se transformou em um palácio de arquitetura clássica italiana. Seu arquiteto, um artista dividido entre o velho e o novo mundo, transformou essa região tropical com seus conhecimentos europeus. Um homem formado na mais importante instituição de ensino das Belas-Artes de Bolonha, a Academia Clementina e que respeitou as peculiaridades deste território, confraternizou com as populações nativas e casou-se com uma luso-brasileira. Seu nome era Antonio Landi e seu Palácio de Governo hoje é conhecido como Palácio Lauro Sodré. 

 

Este programa convida vocês para uma viagem no tempo e no espaço deste emblemático edifício. Nossos guias musicais serão a mezzo soprano Carolina Faria, com sua voz quente e potente, e a pianista belenense Ana Maria Adade. Os comentários lúdicos do duo virtuoso se juntarão às falas do renomado professor da Faculdade de História da UFPA Aldrin Figueiredo, num diálogo multissensorial entre música, arquitetura e história.

 

Partimos do começo, com "Mãe d'Água", composição de César Guerra-Peixe. Aqui, pedimos licença à dona de todas as águas e de todos os rios e mares para iniciarmos nossa jornada. Afinal, é nesse grandioso espaço onde desaguam as águas do rio Amazonas que se passa nossa história.  É também com a mistura desta terra e de sua água que foram erguidas as paredes da primeira casa residência de seus governadores. Seguimos nosso caminho trazendo uma composição ainda do tempo desta primeira residência, mas que já anuncia a influência italiana que se dará na corte portuguesa.

 

Ouviremos, de Alessandro Scarlatti, a ária "Son tutta duolo" da ópera "La donna ancora è fedele". A obra musical da família Scarlatti, assim como a arquitetura Antonio Landi, terá grande influência na corte portuguesa e, consequentemente, contribuirá para a construção de nossa própria identidade cultural brasileira. Inclusive, seu filho, Domenico Scarlatti, será tutor musical dos infantes portugueses. Por isso, aproveitamos esse momento para lembrar que, da demolição da primeira construção, abre-se o espaço para criação deste palácio. Uma construção de traços de um arquiteto generoso que sem abandonar os valores culturais de sua personalidade italiana trouxe para a Amazônia concepções técnicas e artísticas adaptadas às condições desta região tropical.  

 

Seguimos com a ária  "Divinités du Styx"  da ópera "Alceste", de Christoph Willibald Gluck, uma obra escrita em 1767, mesmo ano em que se iniciaram as obras deste palácio em estilo clássico italiano e digno de governadores e capitães. Essa música, que trata da fidelidade, nos fará lembrar do compromisso daqueles que habitavam estes muros, que decidiam leis e que deviam ao povo sua honestidade e lealdade.  

 

Por sua vez, o recitativo "Ó pátria" e a ária "Di tanti palpiti" da ópera "Tancredi", de Gioacchino Rossini, irão nos fazer lembrar de um patriotismo que aflora principalmente depois do país ter sido alçado a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 16 de dezembro de 1815. Para navegarmos nesse período também traremos a modinha "Beijo a mão que me condena" de Padre José Maurício Nunes Garcia, o mais importante compositor brasileiro do fim do século XVIII e início do XIX. Filho de mestiços, um alfaiate e uma filha de escravos surpreendeu D. João VI com seu talento, a ponto de ter sido nomeado Mestre da Real Capela. Um compositor que viveu numa fase de grandes mudanças políticas, sociais e culturais testemunhando a transição entre o Brasil colonial e o Império independente, e entre o Barroco e o Neoclassicismo. Uma época na qual este Palácio sofreu diversos reparos e melhoramentos internos, mas que não alteraram seu estilo original. 

 

Seguimos nosso repertório agora pontuando musicalmente um acontecimento histórico ocorrido após a independência do Brasil, a Cabanagem. Um movimento formado por indígenas, pobres livres e negros que se revoltavam com a situação de miserabilidade em que viviam somada à crise política que se instalou no Brasil após a abdicação de D. Pedro I. Em 6 de janeiro de 1835, estes rebeldes tomaram de assalto este edifício e nele permaneceram até 1837, quando fugiram para o interior do Pará para continuar a luta. Para lembrar esse momento histórico, do desespero e da embriaguez da luta, dos refúgios no palácio ou na floresta, tocaremos "Matinta Pereira", de Waldemar Henrique. 

 

Entramos no fim da segunda metade do século XIX celebrando os salões de Belém até o início do século XX. Com o advento do ciclo da borracha, o então governador Augusto Montenegro reformulou toda a primeira parte do palácio, dando-lhe as características do ecletismo. Estas modificações promoveram um ajustamento decorativo ao gosto da Belle Époque, mas não alteraram significativamente as feições arquitetônicas do palácio. Para evocar essas memórias, começaremos por "Uma Lembrança", de Henrique Gurjão,  seguida de "Un sogno", de Meneleu Campos, e a delicadeza da canção camerística de Carlos Gomes, com "Noces d'argent". 

 

No final do século passado, mais precisamente em 1994, o palácio foi transformado no Museu do Estado do Pará (MEP). Para comemorar a transformação deste edifício em um espaço de celebração da cultura paraense e sua importância como um patrimônio cultural brasileiro, apresentaremos a música "Valsinha do Marajó", do compositor belenense Waldemar Henrique, seguida da "Canção de Cristal", de Heitor Villa-Lobos, nosso compositor maior. 

 

Finalmente, encerramos este concerto com "El Negro Mar", uma homagem ao compositor Edino Krieger, falecido em dezembro de 2022, e "Dona Janaina", de Francisco Mignone. Músicas que, assim como no começo deste programa, nos trazem novamente as águas. As águas do mar e do rio terroso cruzados por Landi para chegar a Belém. Águas que se encontram e se misturam com esta terra, assim como fez este artista trazendo e unindo a cultura de dois continentes.

Sobre o Palácio

Palácio Lauro Sodré (inicialmente chamado "Casa de Residência"), também chamado Palácio do Governo, é uma edificação pública, palácio, museu e, o governo estadual, construído em 1680, situado no bairro da Cidade Velha, na cidade brasileira de Belém (estado do Pará).

Foi projetado pelo arquiteto bolonhês Antônio Landi (técnico do Reino) a pedido do governador do Grão-Pará, Manuel Bernardo Mello de Castro, no estilo clássico italiano e, inaugurado pelo administrador colonial português João Pereira Caldas, para ser sede do governo português como palácio dos governadores, do Estado do Grão-Pará e Maranhão.

Em 1994, o palácio foi transformado no Museu do Estado do Pará (MEP), durante administração do governador Jader Barbalho. Abrigando diversas formas de manifestações artísticas, desde exposições de artes visuais até a projeção de vídeo-mapping na sua fachada. 

Também chamado Palácio do Rei, devido aos rumores de que teria sido feito para a habitação de D. José I e a família real.

Palácio onde funciona o museu é um belo exemplar da arquitetura de Landi, e foi construído para abrigar a sede do Estado do Grão-Pará e Maranhão, que se transferira de São Luis para Belém, no século XVIII, quando também se transferia a capital do Estado do Brasil, de Salvador para o Rio de Janeiro.

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