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Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale

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Teatro 

Municipal de Sabará
 

7 DEZ | 19h30

Com obras de: JOSEPH HAYDN,  FRANZ DANZI, DOM PEDRO I, RONALDO MIRANDA, CARLOS GOMES, ERNESTO NAZARETH, MAURÍCIO CARRILHO e MILTON NASCIMENTO.

Endereço: R. Dom Pedro II, s/n – Centro

Sabará | MG

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Renata Xavier

Flauta

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Alexandre Silva

Clarinete

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José Francisco dos Santos

Trompa

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Maria Fernanda Gonçalves

Oboé

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Francisco Silva

Fagote

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José Bouzas

Palestrante

Programa

Solistas:

Renata Xavier, flauta

Maria Fernanda Gonçalves, oboé

Alexandre Silva, clarinete

Francisco Silva, fagote

José Francisco dos Santos, trompa

 

Palestrante:

José Bouzas, historiador

 

 

Programa

 

JOSEPH HAYDN (1732 - 1809)

Divertimento em Si bemol Maior (Ca 1780)

Duração: 10 min​​utos

 

FRANZ DANZI (1763 - 1826)

Quinteto nº2, Op. 56 (1821)

I. Allegro

Duração: 4 min​​utos

 

DOM PEDRO I (1798 - 1834)

Hino (Arranjo Jessé Sadoc)

Duração: 3 min​​utos

RONALDO MIRANDA (1948 -)

Variações Sérias sobre um Tema de Anacleto de Medeiros

          Com expressão - Tema

          Allegro – Variação I

          Lírico – Variação II

          Obstinado – Variação III

          L’istesso Tempo – Variação IV

          Sonhador – Variação V

          Incisivo – Variação VI

          Tranquilo - Variação VII

          Brilhante - Variação VIII

          Apaixonado - Variação IX

          Enérgico - Variação X

Duração: 11 min​​utos

 

CARLOS GOMES (1836 - 1896)

Grande Valsa (Arranjo Jessé Sadoc)

Duração: 3 min​​utos

 

ERNESTO NAZARETH (1863-1934)

Odeon (Arranjo S Rossi)

 

MAURÍCIO CARRILHO (1957-)

Suite Nazareth

I. Furinga (Tango Brasileiro)

Duração: 4 minutos

MILTON NASCIMENTO (1942-)

Bola de Meia, Bola de Gude (Arranjo Jessé Sadoc)

Duração: 3 min​​utos

Nota de Programa

Uma construção emblemática de Minas Gerias que reflete a rica história cultural de uma região. Um teatro, com feição de grande sobrado colonial, que espelha na ambiência urbana, as diretrizes estilísticas vindas de Portugal no século XVIII. Suas portas de madeira, provenientes de uma antiga cadeia, se abrem para um interior iluminado de leveza arquitetônica singular. Um espaço condizente com o espírito neoclássico de simplicidade, clareza das formas e proporções equilibradas. Onde percebemos também influências arquitetônicas italianas, na forma de sua plateia em formato de ferradura e também as feições de um teatro Elisabetano com palco elevado e uso da luz natural.

 

Este é o Teatro Municipal de Sabará, o segundo teatro mais antigo do Brasil, que será reverberado por um virtuoso quinteto de sopros formado por Renata Xavier, na flauta, Maria Fernanda Gonçalves, no oboé, Alexandre Silva, no clarinete, Francisco Silva, no fagote e José Francisco dos Santos, na trompa. Cinco artistas que serão nossos guias musicais em uma viagem no tempo e no espaço deste edifício. Neste caminho multisensorial pela arquitetura e a história deste teatro, contaremos também com os comentários de José Arcanjo Couto Bouzas, professor de História da Cultura Mineira na Faculdade de Sabará e um dos fundadores da Academia de Ciências e Letras do município.

Iniciamos nosso programa com uma obra de Joseph Haydn, compositor que de acordo com o catálogo "Música colonial do Brasil", do musicólogo Francisco Curt Lange, era frequentemente tocado na região de Minas Gerais durante o período colonial. Sua peça, "Divertimento em Si bemol Maior," foi composta no mesmo período em que, neste mesmo local, se construiu por volta de 1770, o primeiro Teatro de Sabará. O espaço, que funcionou até 1783, diferente dos lugares improvisados utilizados na época, oferecia pela primeira vez aos habitantes de Sabará, um local apropriado para diversão e apreciação das manifestações artísticas.

 

Seguimos com uma composição de Franz Danzi que nos leva a um segundo  momento nessa história, a construção da atual Casa da Ópera. Financiada por uma “Sociedade Anônima” formada pela população local, este novo teatro foi inaugurado em 02 de junho de 1819, durante as festividades do nascimento da “Princesa da Beira”, Dona Maria da Glória, de Portugal.  O movimento Allegro, do "Quinteto nº2, Op. 56" de Danzi, composto apenas dois anos após esta inauguração, evoca com vivacidade e eloquência, a essência deste período de renovação e orgulho comunitário bem como toda alegria das celebrações que marcaram a inauguração deste novo teatro. 

A próxima obra de nosso programa lembrará um momento importante da história, quando em 30 de dezembro de 1830, Dom Pedro I iniciou uma viagem pela província de Minas Gerais acompanhado da imperatriz Dona Amélia de Leuchtenberg e sua comitiva, com o objetivo de suavizar tensões com os líderes liberais mineiros e conquistar apoio para os embates políticos na Corte. Vale lembrar que Minas Gerais, era a província mais populosa do Império nesse período, e que a região havia passado por uma transição de uma economia dependente da mineração para uma bem mais diversificada.

 

As cidades das antigas áreas de mineração, como Sabará, formavam um território chave. A imprensa periódica desses municípios, dominados por jornais liberais, refletiam e influenciavam as tensões políticas e a luta pela autonomia provincial em relação ao governo central, já que não concordavam com as medidas absolutistas e centralizadoras que vinham do governo imperial.

 

Foi assim, que dia 02 de fevereiro de 1831, na tentativa de apaziguar os ânimos dos mineiros, nosso monarca chegou à Sabará. Como descreve nosso professor e palestrante  José Arcanjo Couto Bouzas,  Dom Pedro I foi "Recebido pelo educado, mas não submisso povo, com fogos montados em uma barcaça no Rio das Velhas, desfilando pelas ruas sob palmas e gritos, passando debaixo de Arcos de Triunfo construídos, especialmente para a ocasião, em madeira e decorados com flores". Ao chegar ao Teatro Municipal de Sabará, o imperador foi acolhido com um espetáculo montado em sua homenagem por uma companhia nacional. Ao tomar assento no camarote real, ao centro, no segundo andar, foi saudado com um protocolar “Viva o Imperador do Brasil, senhor Dom  Pedro I !”.  Todos responderam em uníssono: “Viva nosso Augusto e Soberano Imperador !”.  Porém, o “patriota” sabarense, Pedro Gomes Nogueira, vereador, membro da “Secreta do Caquende”, organização maçônica de Sabará, da Sociedade Pacificadora, Filantrópica e Defensora da Legalidade Sabarense e diretor do Jornal "O Atleta Sabarense" respondeu de forma diferente. “Viva o Imperador, enquanto respeitar a Constituição!” .

 

O espetáculo correu então num ambiente de velório e de grande constrangimento, e ao terminar, o imperador saiu sem cumprimentar ninguém, abreviando sua estada em terras mineiras, retornando ao Rio de Janeiro um dia depois. Após mais de um mês visitando diversas vilas mineiras, o fracasso da viagem se tornou evidente e pouco tempo depois, no dia 07 de abril daquele mesmo ano, abdicou em favor do seu filho menor, Pedro de Alcântara.

 

Um aspecto desconhecido do grande público é a importância da música para o imperador. Dom Pedro I iniciou sua formação musical ainda em Portugal com Marcos Portugal, famoso compositor português, cujas obras eram conhecidas em toda a Europa.  A partir de 1808, ao chegar ao Brasil, com 9 anos de idade, Dom Pedro passou a ter aulas de música com o Pe. José Maurício Nunes Garcia, o mais importante compositor brasileiro do fim do século XVIII e início do século XIX. Filho de mestiços (um alfaiate e uma filha de escravizado), José Maurício surpreendeu D. João VI com seu talento a ponto de ter sido nomeado Mestre da Real Capela em 1808. As aulas com Marcos Portugal seriam retomadas em 1811, quando o compositor foi convocado a vir ao Rio de Janeiro, recebendo, entre outras tarefas, a responsabilidade pela educação musical dos príncipes. Em 1816, D. Pedro I passaria também a ter aula com Sigismund von Neukomm, aluno predileto de Joseph Haydn, que desembarcou no Rio nesse mesmo ano como integrante da Missão Artística Francesa, residindo no Rio de Janeiro até 1821, período em que compôs mais de 70 obras.

 

Toda essa formação e influência musical fez do imperador do Brasil, não só um amante da música, mas um compositor dedicado que criou uma significativa produção de obras sinfônicas e camerísticas. Dessa forma, para refletir na música essa viagem do imperador a Minas Gerais ouviremos de autoria de Dom Pedro I o "Hino da Independência do Brasil" na época conhecido como "Hino Imperial e Constitucional de 1822". 

 

A próxima obra deste programa, será "Variações Sérias sobre um tema de Anacleto de Medeiros" de Ronaldo Miranda. Uma obra que é baseada, como o próprio nome diz, em um tema musical de Anacleto, um compositor negro, filho de uma escrava liberta, que foi uma figura central na música brasileira do final do século XIX e início do século XX, e que se destacou também como arranjador e maestro da Banda. Uma melodia, que vai ecoar, a partir das variações de Miranda, os diversos debates abolicionistas realizados neste teatro no fim do século XIX, como a discussão, em 1879, entre Bento Epaminondas, um homem negro que tornou-se notório por sua luta abolicionista na região de Minas Gerais, e o Sr. Williams, o diretor inglês da companhia de mineração “Saint John del Rey Mining Company Ltd.”, que escravizava ilegalmente pessoas livres. Epaminondas, que também era conhecido como “advogado dos escravos”, embora atuasse como rábula (advogado sem formação em Direito) denúnciou o Sr. Williams, à justiça e à imprensa, e o processo resultante levou a um pedido de sua prisão. A intensidade e a paixão desta composição ecoarão também as transformações e variações sociais de uma época marcada pela luta contra a injustiça e a opressão, ressoando o espírito de resistência e esperança que permeou a jornada de inúmeras vidas afetadas pelo sistema escravocrata.

 

Ainda no século XIX um outro momento importante marca a história do Teatro Municipal de Sabará. A visita do casal imperial Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina a Minas Gerais.

 

Partindo do Rio de Janeiro em 21 de março  de 1881, a viagem foi cuidadosamente documentada pelo Imperador em seu diário e amplamente coberta pela imprensa. Em 5 de abril, Dom Pedro II chegou a Sabará, uma cidade de esplendor colonial, onde visitou locais históricos e se hospedou na mesma casa onde seu pai havia ficado anteriormente, mostrando um vínculo contínuo com a história familiar. Além disso, o imperador observou detalhes da vida local e da economia, como a mineração e a agricultura. Sua visita a Sabará e outras cidades mineiras foi não apenas uma jornada de descoberta pessoal, mas também um ato de reconhecimento da importância cultural e econômica dessas regiões para o Brasil. A "Grande Valsa" de Carlos Gomes, o mais importante compositor do segundo reinado,  arranjada por Jessé Sadoc, nos transportará através da música a visita de Dom Pedro II a esta cidade e ao Teatro de Sabará, refletindo o prestígio e a elegância deste período. 

 

Avançando para o século XX, lembraremos quando, em 1915, este teatro foi transformado em Cinema e rebatizado como Cine-Teatro Borba Gato. A fim de reviver a magia daqueles tempos e imergir no espírito deste emblemático edifício neste período, apresentaremos uma obra do compositor brasileiro Ernesto Nazareth, cuja música captura perfeitamente a essência da era do cinema mudo. 

 

Sua famosa peça "Odeon", composta em 1910, reflete o vibrante cenário cultural do mundo do cinema daquela época, já que Nazareth atuava também como pianista acompanhante de filmes mudos em um cinema na Cinelândia, no Rio de Janeiro, que levava este mesmo nome. Ao executarmos "Odeon", queremos trazer à vida o ambiente do Cine-Teatro Borba Gato nos seus primeiros anos, evocando as melodias que uma vez ressoaram neste espaço, proporcionando um acompanhamento sonoro emocionante para as imagens silenciosas na tela, e destacando o papel singular da música ao vivo na era do cinema mudo. Seguimos celebrando o tempo passado e presente deste teatro com a Suíte Nazareth, de  Maurício Carrilho, uma obra que celebra a influência duradoura e o estilo inovador de Nazareth, que continua a inspirar gerações de músicos em todo o Brasil, assim como este local segue sendo um norte cultural para toda a região. No programa, ouviremos o 1º movimento, Furinga (Tango Brasileiro).

 

Finalizamos nossa jornada musical no Teatro Municipal de Sabará lembrando um outro importante marco histórico, quando em 2 de janeiro de 1963, este edifício foi reconhecido como patrimônio histórico pelo IPHAN. A música 'Bola de Meia, Bola de Gude' de Milton Nascimento, uma canção  sobre inocência,  memória e resistência, refletirá esse momento importante que garante a preservação deste teatro que representa a essência da cultura de Minas Gerais. Um teatro, que por mais de 200 anos, tem sido um farol para a cultura desta região. Um palco histórico que acolheu uma variedade de artistas renomados, indo de atores como Paulo Autran, Fernanda Montenegro e Cacilda Becker, passando por cantoras como Elizeth Cardoso e Clementina de Jesus, até concertistas do calibre de Nelson Freire. Uma riqueza cultural também evidenciada pela presença de inúmeros grupos e artistas locais, que representam a continuidade das tradições artísticas em Sabará. 

 

A execução de "Bola de Meia, Bola de Gude", não apenas homenageia a trajetória deste espaço, mas também celebra a importância deste local como um centro de encontro e expressão para músicos, atores, e intelectuais que ao longo de mais de dois séculos, perpetuam a rica trama cultural que define de Minas Gerais e todo o Brasil".

Renata Xavier

Flauta

 

Iniciou seus estudos de música aos sete anos de idade, no Conservatório Estadual de Música de Pouso Alegre, sua cidade natal. Em 1999, ingressou no Instituto de Artes da UNESP, concluindo seu bacharelado em 2002, sob orientação de Jean Noel Saghaard, tendo também sido aluna de Rogério Wolf. Atuou como solista junto à Orquestra Jovem de Guarulhos, Orquestra de Câmara da UNESP, Orquestra Ouro Preto e Filarmônica de Minas Gerais. Desde 2008, é Assistente Principal da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência de Fábio Mechetti.

Alexandre Silva
Clarinete
 

Clarinetista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais e docente do Departamento de Prática Musical da Universidade do Estado de Minas Gerais, onde coordena o curso de Especialização Lato Sensu em Performance Musical. ​Bacharel em clarinete pela UFMG, licenciado em música pela UEMG, mestre em performance musical, com louvor, pelo Conservatório da Suíça Italiana e doutorando em música pela UFMG. ​É convidado frequentemente a participar de simpósios e encontros de clarinetistas como professor, palestrante e recitalista. Como solista, executou concertos de Molter, Crusell, Finzi, Bruch e Spohr; este como jovem solista da Orquestra Sinfônica da UFMG. ​Participa ativamente do cenário da música moderna e contemporânea com os grupos VivaMúsica e Sonante21, tendo estreado no Brasil obras como “Mercury” para requinta e eletrônica do compositor português João Pedro Oliveira e “Tre studi per clarinetto piccolo” de Giacinto Scelsi. ​Sua formação teve grande influência de clarinetistas brasileiros e estrangeiros como os professores Maurício Loureiro, Luís Afonso Montanha, Iura de Rezende, Cristiano Alves, François Benda, Karl Leister, Walther Seyfarth, Johannes Peitz, Alessandro Carbonare e Michael Collins.   Alexandre usa clarinetes Schwenk & Seggelke, tendo sido bolsista da Williamson Foundation for Music e da Familen-Vontobel-Stiftung.

Maria Fernanda Gonçalves
Oboé

 

Iniciou seus estudos musicais na Banda Filarmônica Cardeal Leme em Espírito Santo do Pinhal-SP, prosseguindo na Escola Municipal de Música da capital paulista, com Benito Sanchez. Formou-se Bacharel em Música pela FIAM FAAM, com Éser Menezes. Estudou ainda com Alexandre Ficarelli, Peter Apps e Washington Barella. Entre os festivais brasileiros, participou do Festival de Inverno de Campos do Jordão, Festival Música nas Montanhas, de Poços de Caldas e Oficina de Música de Curitiba. Na Alemanha participou de Masterkurs com os professores Ingo Goritzki, Gregor Witt e Christian Wetzel. Integrou a Orquestra Experimental de Repertório e com o grupo venceu o Concurso Jovens Solistas por duas vezes. Foi membro da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, atuando também como solista, da Orquestra Sinfônica de Santo André e da Orquestra Sinfônica Brasileira. Atualmente integra a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, onde ocupa o cargo de oboé / corne inglês.

Francisco Silva
Fagote

 

Fagotista da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Francisco iniciou sua trajetória sob a supervisão de Jediael Pereira da Silva no Projeto de Educação Musical do Santuário de Aparecida, e foi aprovado como Primeiro Fagote na Orquestra Jovem da instituição. Em 2013, Francisco ingressou na Academia de Música da Osesp, onde estudou com os professores Francisco Formiga e Romeu Rabelo na prática instrumental de fagote e contrafagote, respectivamente. Ambos seguem orientando o músico em seu aprimoramento. Estudou também sob a orientação de Isaac Santana, João Vitor, Elione Medeiros e Ronaldo Pacheco. Participou de vários festivais, entre eles o Internacional de Campos do Jordão, quando aperfeiçoou-se com Klaus Thunemann. Fez masterclasses com Gustavo Nuñes, Alexandre Silvério, Benjamin Coelho, Fábio Cury, Philipp Zeller, Martin Kuuskmann, Marco Postinghel, Antonio Cavuoto, entre outros.

José Francisco dos Santos
Trompa

 

Estudou trompa na escola Municipal de Música de São Paulo entre 1995 e 1998, sob orientação de Ozéas Arantes. Em 1999, ingressou na Universidade Livre de Música de São Paulo, onde aperfeiçoou-se com o professor Mário Rocha. Participou dos festivais de Londrina e Garulhos, estudou com os professores Zdenek Swuab, Daniel Grabis e Daniel Havens e foi ouvinte masterclass com o trompista Radovan Vlatkovic. Em 1999, passou a integrar a Orquestra Amazonas Filarmônica, onde permaneceu até janeiro de 2008. Atualmente, integra a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. José Francisco foi solista do “Concerto para quatro trompas e orquestra” de Schumann ao lado da Amazonas Filarmônica no ano de 2006. Foi ainda primeiro trompista no ciclo de óperas “O Anel do Nibelungo”, de Richard Wagner, na Sexta Sinfonia de Brückner, na Quinta de Tchaikovsky, na Quinta de Shostakovitch, na Sétima de Beethoven, na Nona de Dvorák, entre outras.

José Bouzas
Historiador

 

Historiador aposentado do Iphan / Museu do Ouro / Ibram. Foi professor das escolas estaduais Zoroastro Viana Passos, Bilú de Figueiredo e Christiano Guimarães, em Sabará. Ex-professor e Chefe do Departamento de História da Cultura Mineira da Faculdade de Sabará. Pós-graduado em Arte e Cultura Barroca pelo IAC / UFOP. Autor de textos para jornais e livros de história, publicações acadêmicas e afins. Membro do IHGMG - Sócio Correspondente, IHGCO e IHGARV. Membro fundador da Academia Sabaraense de Ciências e Letras, pesquisador da história mineira.

Teatro Municipal de Sabará

O Teatro Municipal de Sabará, antigamente chamado Casa de Ópera de Sabará, comemora em 2023 os 204 anos de sua abertura. A edificação histórica da cidade, localizada na Rua Dom Pedro, s/nº, no Centro, foi inaugurada em 2 de junho de 1819, substituindo uma casa primitiva erguida em 1770.

 

O prédio cultural é o segundo mais antigo do Brasil ainda em funcionamento, com uma estrutura ímpar. Na sua inauguração foram apresentadas as peças “Maria Teresa, a imperatriz da Áustria” e “Selo d’amor”. Em 1831, viveu grandes momentos com a visita de Dom Pedro I e, em 1881, 50 anos depois, de Dom Pedro II. Relatos da época louvavam sua excelente acústica.

 

Em suas linhas arquitetônicas, percebe-se, claramente, a influência dos teatros ingleses do reinado de Elizabeth I. Por isso, é conhecido, também, como Teatro Elizabetano. Tem a forma de ferradura, com vasto palco elevado, oferecendo ótima visibilidade. Em toda a volta, três andares de camarotes e galerias. Sua característica mais interessante é a de que o espaço reservado à plateia é o mesmo destinado ao palco. O piso é ascendente, a partir do palco. Ao fundo, encontra-se a entrada dos artistas. As portas de entrada pertenceram à antiga cadeia. As janelas da fachada apresentam folhas de meias venezianas, e as do interior mostram aberturas tipo “olho de boi”.

 

O prédio é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN e classificado como uma das “7 maravilhas da Estrada Real”. Atualmente, o local está totalmente revitalizado, preservando a sua característica original e a continuidade da rica história sabarense.

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