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Ministério da Cultura e Instituto Cultural Vale

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Teatro

Alberto Maranhão

24 MAR | 17h

Com obras de: ANTÔNIO CARLOS GOMES, JULES MASSENET, TONHECA DANTAS, PABLO LUNA, ORIANO DE ALMEIDA, MÁRIO TAVARES, BERNARDINHO BELÉM DE SOUZA e EDUARDO MEDEIROS / OTHONIEL MENEZES

Endereço: Praça Augusto Severo, s/n - Ribeira

Natal – RN

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Virginia Cavalcanti 

Mezzo-soprano

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Mateus Naamã

Piano

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Fabio Presgrave

Violoncelo

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Monize Moura

Palestrante

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Racine Santos

Palestrante

Programa

Solista:

Virginia Cavalcanti, mezzo-soprano 

Fabio Presgrave, violoncelo

Mateus Naamã, piano

 

Palestrante:

Monize Moura, atriz e historiadora

Racine Santos, dramaturgo

 

Programa

 

ANTÔNIO CARLOS GOMES (1836–1896)

Quem Sabe?!...

Duração: 8 minutos

 

JULES MASSENET (1842–1912)

Elegie

Arranjo por Maik Kronhardt

Duração: 3 minutos

 

TONHECA DANTAS (1871–1940)

Royal Cinema

Duração: 4 minutos

 

PABLO LUNA (1879–1942)

De España Vengo (El Niño Judío)

Duração: 6 minutos 

ORIANO DE ALMEIDA (1914–2004)

Embalo de Saudade

Duração: 4 minutos

 

MÁRIO TAVARES (1928–2003)

Ballada

Duração: 3 minutos

 

BERNARDINHO BELÉM DE SOUZA (1870-1915)

Casinha Pequenina (Versão de Luciano Gallet)

Duração: 3 minutos

 

EDUARDO MEDEIROS (1888-1961) / OTHONIEL MENEZES (1895–1969)

Serenata do Pescador

Duração: 6 minutos

 

ORIANO DE ALMEIDA (1914–2004)

Meu Baraio

Duração: 3 minutos

Nota de Programa

Um edifício imponente, no coração do bairro boêmio da Ribeira. Um prédio de arquitetura eclética que é um símbolo da cultura do Rio Grande do Norte. Este é o Teatro Alberto Maranhão, que celebra exatos 120 anos de trajetória artística neste concerto de encerramento da 3ª edição do FIMA, dedicado aos teatros históricos do Brasil. Neste programa, em que propomos uma viagem no tempo e no espaço desta casa, teremos como guias um trio de virtuosos desta terra. Dois potiguares, a soprano Alzeny Nelo e o pianista Durval Cesetti, se juntam ao carioca residente de Natal e professor da UFRN, Fabio Presgrave, trazendo um diálogo inédito entre a música, a arquitetura e a história deste emblemático teatro. Já os comentários sobre esta casa ficarão a cargo do dramaturgo Racine Santos e da professora de História do Teatro, da UFRN, Monize Moura, responsável pela preservação do acervo documental do Teatro Alberto Maranhão.

 

Iniciada em 1898, a mando do segundo Governador eleito pelo voto direto, Joaquim Ferreira Chaves, sua construção ecoava a modernização do Rio Grande do Norte, que chegava com a república recém-instaurada. Seu nome original, Teatro Carlos Gomes, homenageou este grande compositor brasileiro até 1957, quando sua denominação foi mudada a mando do Prefeito de Natal, Djalma Maranhão. A renomeação para Teatro Alberto Maranhão, teve como objetivo homenagear o Governador que concluiu a construção, inaugurando a casa em 24 de março de 1904 e que também promoveu sua grande remodelação pouco tempo depois.

 

Seu estilo eclético, popularizado na região e em grande parte do Brasil no final do século XIX e início do século XX, se caracterizava pela mistura de estilos arquitetônicos do passado. Originalmente, o edifício possuía uma fachada com inspiração neoclássica de dimensões grandiosas que trazia um frontão triangular, decorado com uma escultura do renomado escultor francês Mathurin Moreau. Três portas de acesso com verga em arco pleno davam acesso ao teatro. Por isso, para celebrar sua construção original, tocaremos uma peça que nos remete às influências do estilo neoclássico inicial deste teatro. Surgido na Europa do século XVIII, este estilo era um reflexo de ideias iluministas que predominavam nesse período histórico, valorizando temas e padrões estéticos da arte clássica antiga, tais como heróis e seres da mitologia grega e romana. Porém, apenas seis anos após a sua inauguração, o teatro foi completamente remodelado ao longo do segundo mandato de Alberto Maranhão. Alegando que o edifício encontrava-se em más condições, o Governador reeleito contratou o arquiteto Herculano Ramos para modificar a edificação. Nesta grande reforma, manteve-se o estilo arquitetônico eclético, mas o teatro recebeu uma forte influência do art nouveau em sua fachada, ganhando um novo pavimento, portões e grades de ferro vindas da França, balcões e obras de arte. Assim, o formato triangular de seu frontão foi substituído por uma fachada retangular, com uma platibanda, omitindo sua cobertura e decorada com volutas, relevos em massa, jarros e estátuas. Já no interior, recebeu cerâmicas belgas para revestir o piso de sua entrada e plateia. O uso do ferro substituindo a madeira na reconstrução do teatro também permitiu, por exemplo, o desenvolvimento de uma maquinaria teatral que permitia trocas de cenários. Além disso, a decoração do prédio carrega uma simbologia, que remetia aos valores que norteavam a construção do edifício. Encomendados na Europa, seus adornos que já incluia uma réplica da escultura simbolizando a Arte, feita por Mathurin Moreau, ganhou também medalhões com as máscaras representando o drama e a comédia. Sobre o pórtico com as iniciais de ouro C.G. de Carlos Gomes, representava-se a Ópera, e no vértice do frontão, o tímpano representava a Música. O centro no jardim interno do teatro ganhou uma estátua simbolizando um elemento local, uma Indígena, feita por um francês, Jean-Jules Salmson. Outro detalhe da decoração do Teatro inaugurado foi seu novo pano de boca. Era comum que ele fosse todo decorado por artistas plásticos, mas no caso do Teatro Carlos Gomes, a pintura foi encomendada a um nome importante de Paris, Eugène Carpezat, que fazia telões, cenários para óperas e decorações de teatros. A cena deste pano de boca do Teatro Carlos Gomes, que infelizmente já não existe mais, homenageava este grande compositor brasileiro e tinha, ao fundo, a barra do Potengi e a silhueta do Forte dos Reis Magos. Em primeiro plano, era possível ver personagens da ópera O Guarani.

 

Assim, damos início à programação musical deste concerto, celebrando o momento de construção do então Teatro Carlos Gomes. Para isso, traremos uma das canções mais conhecidas e amadas de Gomes, fora do âmbito de suas óperas. A modinha, "Quem Sabe?" Foi composta por ele aos 23 anos de idade em 1859, com letra do jornalista Bittencourt Sampaio. A obra captura a essência do Romantismo refletindo em seu tema melancolia e saudade. A delicadeza de sua melodia e letra ecoou por saraus em todo o Brasil, atravessando gerações e ganhando também destaque até na cultura popular ao se transformar em trilha sonora da telenovela "Senhora", de 1975.

 

Seguimos com "Elegie", de Jules Massenet e arranjo de Maike Kornhartque. A peça, com sua melodia expressiva e emoção profunda, evoca a elegância e a beleza artística que vemos com a chegada do Art Nouveau na grande remodelação deste teatro promovida pelo Governador Alberto Maranhão. Com letra de Louis Gallet, a música foi posteriormente adaptada para diversas formações. Massenet, nascido em 1842 e falecido em 1912, foi um dos compositores mais prolíficos e populares da França no final do século XIX e início do século XX, sendo conhecido principalmente por suas óperas, como "Manon" e "Werther".

 

A primeira exibição cinematográfica no Rio Grande do Norte ocorreu em Natal, antes da construção do Teatro Alberto Maranhão, no ano de 1898, na rua Chile. Mas foi nesta casa que aconteceram as primeiras exibições de filmes. Desde 1906, se projetavam imagens em movimento neste teatro e em 1907 já se inaugurava inclusive neste espaço, o cinematógrafo falante. Estes momentos cinematográficos pontuais, foram seguidos a partir de 1911, pela construção de prédios de uso exclusivo para cinematografia nos bairros da Ribeira, Cidade Alta e Alecrim. Porém, mesmo com a edificação destes cinemas, entre 1928 e 1932, o teatro seria arrendado por empresas para continuar fazendo exibições cinematográficas.

 

Para evocarmos a memória da presença do cinema nesta casa, ouviremos "Royal Cinema", uma valsa de Tonheca Dantas, inspirada no charme e romantismo do Cinema Royal do bairro de Cidade Alta, inaugurado em Natal no ano de 1913. Dantas, que atuava como clarinetista nesta casa de projeção, fez esta música a pedido do proprietário do cinema, que desejava uma melodia que enriquecesse as aberturas das suas sessões cinematográficas. Uma música que remete até hoje a emoção de uma era de ouro do cinema presente na cidade de Natal.

 

Durante o segundo Governo de Alberto Maranhão, o teatro fechou para a realização de uma grande reforma, sendo reinaugurado pela "Gran-Compañía Española de Zarzuela, Òpera y Opereta Pablo López", em 19 de julho de 1912. Para lembrarmos desse momento histórico, tocaremos "De España vengo" da Zarzuela "El niño judío", de Pablo Luna. Nesta zarzuela, vemos toda a riqueza deste gênero lírico-dramático espanhol, que capta de forma brilhante a essência da cultura espanhola.

 

Seguimos nosso concerto com duas obras de um Belenense pra lá de Potiguar, Oriano de Almeida. Apresentaremos “Embalo de Saudade" e "Meu Baraio", reconhecendo a enorme contribuição deste compositor e pianista para o Rio Grande do Norte e para o Teatro Alberto Maranhão. Sua relação com esta casa se estendeu desde sua infância até sua maturidade profissional, deixando um legado que atravessou décadas. Desde seu primeiro recital neste teatro como solista aos 14 anos, em 1936, Oriano solidificou sua posição como uma força dominante na cena musical deste estado, bem como do Brasil e do mundo.

 

Além de ser o musicista que mais vezes se apresentou no palco do Teatro Alberto Maranhão, com trinta e quatro eventos registrados, incluindo apresentações memoráveis e a orientação de novas gerações de pianistas, Oriano de Almeida contribuiu significativamente para a perpetuação e enriquecimento da música clássica do Rio Grande do Norte. Sua última performance no Teatro Alberto Maranhão, em 1978, e o subsequente retorno para residir até o final de seus tempos na cidade de Natal, reafirmava seu vínculo profundo e seu grande amor por essa cidade que o acolheu com tanto amor.

 

Ao celebrarmos o Teatro Alberto Maranhão através das composições de Oriano de Almeida, estamos não apenas reconhecendo o talento excepcional de um pianista renomado, mas também reiterando a importância de preservar e valorizar a história musical do Rio Grande do Norte. Essas músicas, repletas de nostalgia e expressão, são um testemunho eloquente do legado duradouro de Oriano de Almeida e do papel fundamental que este desempenha na promoção da cultura artística potiguar.

 

Outro grande compositor, nascido em Natal em 1928, foi Mário Tavares. Como violoncelista foi um dos principais intérpretes da obra orquestral de Villa-Lobos, realizando também várias primeiras audições de importantes autores brasileiros. Compositor e maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, foi membro honorário de várias orquestras sinfônicas estrangeiras e recebeu inúmeros prêmios de composição. Também foi fundador da Associação Brasileira de Violoncelistas e um membro ativo da Academia Brasileira de Música. Em 15 de janeiro de 1944, há exatos 80 anos, fez sua primeira apresentação nesta casa no encerramento do “Curso de Férias do Magistério Potiguar”, promovido pelo Departamento de Educação e acompanhado ao piano, por Lygia Bezerra de Mello, com quem se apresentaria novamente em janeiro de 1949. Sua última apresentação nesta casa foi em 20 de dezembro de 1999, regendo como maestro convidado a Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Faleceu quatro anos depois, em 5 de fevereiro de 2003. Dele ouviremos a obra "Ballada".

 

Outro personagem marcante da história musical do Rio Grande do Norte, que marcou presença nesta casa, foi o natalense Aldo Simões Parisot, um dos mais renomados violoncelistas e professores de música do século XX. A história de Parisot é interligada também com a de Thomaz Babini, um violoncelista italiano que, após chegar ao Brasil e colaborar com Villa-Lobos, radicou-se em Natal, influenciando diretamente a tradição musical do estado. Babini, ao formar uma escola de violoncelistas e dirigir a escola de música do então Teatro Carlos Gomes (hoje Teatro Alberto Maranhão), lançou as bases para que Parisot e outros músicos locais se desenvolvessem, destacando a importância da música instrumental e, mais especificamente, do violoncelo na identidade cultural potiguar. Aldo Parisot não apenas perpetuou a tradição iniciada por Babini, mas também a elevou a um patamar global, fazendo com que o violoncelo se tornasse um símbolo de excelência e inovação musical do Rio Grande do Norte para o mundo. Faleceu em 29 de dezembro de 2018, aos 100 anos, deixando um legado inestimável para a música clássica e a cultura musical do Rio Grande do Norte. A ligação de Aldo com esta casa era tal, que sua família trouxe parte de suas cinzas para serem jogadas neste mesmo teatro.

 

Sua morte ocorreu enquanto ouvia uma de suas canções preferidas, a Casinha Pequenina. Essa modinha paraense, composta em 1896, é atribuída a um modesto carteiro do Pará, chamado Bernardinho Belém de Souza. 

 

Uma música singela, mas que assim como Parisot ganhou o mundo, sendo gravada em mais de 48 versões nacionais e estrangeiras. Entre seus intérpretes estão o tenor italiano Beniamino Gigli, a nossa grande soprano brasileira Bidú Sayão, a soprano lírico spinto Elise Houston, entre tantas e tantos outros. No programa, teremos uma versão desta obra escrita pelo compositor Luciano Gallet.

 

Em 1957, após o teatro receber o nome de Alberto Maranhão, a edificação passou novamente por uma grande restauração, sendo reinaugurada em 1960. Foi também no início dos anos 60 que se criou a Divisão de Balé neste teatro.  Seus bailarinos participavam ativamente das produções desta casa, como por exemplo na emblemática opereta “Praieira de Meus Amores”, encenada pelo Ginásio de Arte Dramática em 1967. Com texto de Jaime dos Guimarães Wanderley e músicas de Garibaldi Romano, a obra também apresentava a famosa Serenata do Pescador de Eduardo Medeiros e Othoniel Menezes. Originalmente intitulada "Serenata de Pescador", ou “Praieira", como ficou conhecida popularmente, havia sido escrita para saudar os pescadores natalenses que, em três barcos a vela, viajaram de Natal ao Rio de Janeiro, dentro das comemorações do Centenário da Independência, em 1922. Othoniel Menezes, contava que uma das maiores felicidades de sua vida era ouvir, nas madrugadas natalenses, o povo cantando sua "Praieira" em serenatas pelas ruas da cidade. Por isso, para encerrar esse concerto tocaremos esta obra que se tornou um patrimônio de Natal pelo decreto-lei nº 12, de 22 de novembro de 1971, do governo municipal de Natal, quando a mesma foi considerada o "Hino da Cidade". Da mesma forma, em 27 de julho de 1985 o Teatro Alberto Maranhão foi tombado pelo IPHAN e é hoje reconhecido como um dos mais importantes patrimônios culturais da cidade de Natal.

Virginia Cavalcanti
Mezzo-soprano
 

Mezzo-soprano nascida em São Paulo e radicada em Recife, com formação em piano, Bacharel em Arquitetura e em Música/Canto pela UFPE, e Mestre em Música/Práticas Interpretativas pela UFRN. É professora Assistente nas classes de Canto e de Dicção e Pronúncia da UFPE e integrante do grupo vocal Contracantos.

 

Venceu os prêmios Júri Popular e Intérprete de Canção no V Concurso Internacional de Canto Bidu Sayão (2005). Atuou sob a regência de Boyko Stoianov, Flávio Medeiros, Laurence Pottier, Sílvio Barbato, André Muniz, Osman Gioia, Santiago Meza, Marcelo Fagerlande, Lanfranco Marcelletti, entre outros. Foi solista em diversos títulos do repertório tradicional de ópera e de concerto, como em Carmen (Carmen) de G. Bizet, Rigoletto (Maddalena) de G. Verdi, e Sinfonia no. 4 de G. Mahler.

 

Tem especial interesse em Música Contemporânea e estreou as óperas Pahy Tuna (Yuru) de Leonardo Boccia, A Sessão da Câmara (Saúde) de E. Villani-Côrtes, Último Dia (Sílvia) de Armando Lôbo, e Emparedadas (Clotilde) de Sérgio Deslandes; as peças de concerto Réquiem Nordestino para Ariano Suassuna de Dierson Torres, e O Coração Latino-Americano de Amaral Vieira; e diversas canções, com especial destaque para Visagem de Nelson Almeida.

Mateus Naamã
Piano
 

Mateus Naamã cursa o bacharelado em piano na Escola de Música da UFRN, na classe do Prof. Dr. Durval Cesetti. Participou de festivais de música como o de Campos do Jordão, onde teve aulas com pianistas renomados internacionalmente e participou de concertos juntamente à Orquestra do Festival, alunos e professores na Sala do Coro, Sala São Paulo e Auditório Cláudio Santoro. Participou, também, do Festival de Piano de Ouro Preto, coordenado pelo pianista Cristian Budu, onde pôde desenvolver-se em 10 dias de intensa imersão artística, com aulas diárias e concertos. Durante sua trajetória teve masterclasses com grandes intérpretes do piano, como Amaral Vieira, Sylvia Thereza, Cristian Budu, Fabio Martino etc. Atualmente, também trabalhado seu repertório juntamente com o pianista Max Barros, que conheceu em São Paulo e recebeu o convite para seu projeto de jovens pianistas, onde tem contato com pianistas internacionais em parceria, além de concertos e masterclasses. Em 2022, foi primeiro lugar no Concurso Mansueto Barbosa, em Fortaleza/CE. Recebeu indicação para o prêmio Eleazar de Carvalho, no Festival de Campos de 2023.

Monize Moura
Atriz e historiadora
 

Professora adjunta do curso de Licenciatura em Teatro e do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGArC) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Atriz graduada na Escola de Teatro da UFBA. Doutora em História pela Universidade Paris-Saclay e em Artes Cênicas pela UNIRIO (com bolsa CAPES). Pesquisa e orienta trabalhos em História do Teatro Brasileiro e coordena, desde 2020, o projeto Memória do Teatro Alberto Maranhão.

Fabio Presgrave
Violoncelo
 

O violoncelista carioca Fabio Presgrave recebeu seus títulos de Bacharel e Mestre em Performance pela renomada Juilliard School of Music em Nova Iorque, onde estudou com Harvey Shapiro e Joel Krosnick. Apresentou-se como solista junto a orquestras como Qatar Philharmonic, Orquestra Filarmônica de Rosário (Argentina), Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas, Orquestra Sinfônica Nacional, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica da Bahia, Orquestra Sinfônica de Minas Gerais dentre outras.

 

Realizou estreias e primeiras audições e gravações de obras para violoncelo de compositores como Jonatas Manzolli, Marisa Rezende, Pablo Castellar, Rodrigo Cicchelli, Raimundo Penaforte, Roberto Victorio e Silvio Ferraz. Registrou obras de José Siqueira e Camargo Guarnieri com a Camerata Fukuda e Celso Antunes, trabalho indicado para o Prêmio TIM. Gravou com o violinista Daniel Guedes obras de Piazolla e Villa-Lobos e colaborou com a Orquestra da ULBRA na gravação do Noturno de Tchaikovsky para Violoncelo e Cordas que consta na trilha sonora do filme Sal de Prata do diretor Carlos Gerbase.

 

É Diretor Adjunto Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Professor Colaborador do PPGMUS da USP e da UFRJ. Fabio Presgrave é Doutor pela UNICAMP e recentemente, com bolsa da CAPES, realizou em colaboração com o Prof. Matias de Oliveira Pinto sua pesquisa Pós-Doutoral na Westfaelisch Wilhems-Univesitaet, onde atuou como professor convidado em 2018

Racine Santos
Dramaturgo
 

Dramaturgo, poeta, jornalista, Racine Santos nasceu, em Natal, no dia 06 de junho de 1948. Aos 8 anos, mudou-se para Macaíba, onde teve seus primeiros contatos com a cultura popular. De 1961 a 1965, estudou em Recife, onde conheceu Ariano Suassuna, Hermilo Borba Filho e o artista plástico Abelardo da Hora, artistas que considera importantes para a sua formação cultural e maneira de ver o Nordeste e sua gente. Em 1992, com Luis Marinho, Luis Maurício Carvalheira, Altimar Pimentel, Tácito Borralho, Romildo Moreira e outros, fundou a Associação dos Dramaturgos do Nordeste, da qual foi presidente.

 

Racine Santos tem um longo histórico de dedicação à cultura e à literatura. Atuando desde meados dos anos 60 na cena literária, já publicou inúmeras peças de teatro, poemas, revistas culturais, e mais recentemente dois romances.

 

Dentre seus inúmeros prêmios culturais, destaca-se a Medalha de Mérito Alberto Maranhão, outorgada pelo Governo do Rio Grande do Norte, em 1998. Racine Santos também é o nome de uma das salas do Teatro de Cultura Popular, da Fundação José Augusto.

Teatro Alberto Maranhão

Construído entre 1898 e 1904, o Teatro Alberto Maranhão é um belo exemplar da arquitetura art nouveau. O prédio conserva linhas e elementos da arquitetura francesa do final do século XIX, além da cerâmica belga que reveste o piso de entrada e da plateia. Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, é uma construção imponente, localizada no coração da Ribeira, bairro boêmio que durante muitas décadas concentrou a vida cultural e política da cidade. Nascido com o nome de Teatro Carlos Gomes, em homenagem ao compositor mais importante do teatro lírico brasileiro, sua construção foi iniciada em 1898, no governo de Joaquim Ferreira Chaves, segundo governador eleito pelo voto direto na república recém-instaurada, e concluído em 1904, no governo de Alberto Maranhão. Chamou-se Teatro Carlos Gomes até 1957, quando teve sua denominação mudada para Teatro Alberto Maranhão.             

 

Por seu palco passaram grandes nomes do teatro, da dança e da música nacionais e também importantes artistas estrangeiros. Desde sua inauguração e até bem recentemente, ele foi, em grande medida, a porta que manteve a cidade conectada às artes nacionais e estrangeiras. Em décadas não muito distantes abrigou projetos musicais importantes, como o Pixinguinha e o Seis e Meia.

 

O prédio, ao longo de sua história centenária, passou por algumas reformas. A anterior foi em 1988 e incluiu camarins, salão nobre, jardim, plateia e palco.

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